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Testemunho Luís Miguel RIbeiro, Presidente do CA da AEP

O Programa Formação-PME tem os seus primórdios nos trabalhos da Comissão para a Coordenação do Programa Piloto de Formação para as PME, em 1997, que a AEP integrou, juntamente com outras sete entidades, e de cujos trabalhos resultou a regulamentação relativa à Formação-Ação para PME como tipologia autónoma nos quadros comunitários e programas operacionais subsequentes.
Com a função inicial de entidade promotora/executora, a AEP rapidamente se tornou Unidade de Gestão, na designação de então, mantendo-se até hoje como Organismo Intermédio para a tipologia de intervenção 5.8 Projetos Conjuntos de Formação-Ação. 

O bom desempenho da AEP nas suas funções de Organismo Intermédio verifica-se nas efetivas melhorias, relatadas e reconhecidas por todas as organizações e intervenientes, introduzidas a partir do modelo de intervenção e avaliação, assim como das ferramentas de acompanhamento da execução disponibilizadas.

Com este modelo de intervenção pretende-se identificar as vulnerabilidades/oportunidades de melhoria de cada PME e, envolvendo empresários, quadros e trabalhadores na abordagem metodológica de formação-ação em contexto laboral, poder desenvolver competências para o “saber fazer” que se traduzam em resultados concretos na organização.
No recente inquérito que efetuamos às empresas para aferição do estado da atividade empresarial, a maioria mostra uma expectativa moderada relativamente ao ano de 2024, com preocupações estruturais relacionadas com a falta de mão-de-obra qualificada e de instrumentos de apoio à atividade e financiamento das empresas, a contenção na procura de novos mercados, aliadas à quebra da procura externa e à instabilidade política e económica.

As empresas indicam o ano de 2024 como passível de reestruturação e ajustamento, uma vez que estão a perder recursos qualificados e se vêm obrigadas a integrar trabalhadores vindos de outros países, muitas vezes com menos qualificação.

O desafio ligado ao novo paradigma da contratação, assim como as necessidades emergentes relacionadas com a transformação digital, a inovação e a sustentabilidade, reforçam a importância desta tipologia de intervenção no apoio à reestruturação e evolução das PME.
Desta forma, e no ano em que comemora o seu 175º aniversário, a AEP é, e quer continuar a ser, um veículo promotor da capacitação das empresas neste desafiante futuro, levando o Programa Formação PME a fazer das mais Pequenas, Grandes Empresas.